Alberto Azevedo, especialista em segurança digital, começou o painel “Sorria, você está sendo vigiado” no Fisl14, em Porto Alegre, mostrando um rápido panorama das informações que os usuários deixam escapar todos os dias por meio do celular. E engana-se quem imagina que basta desligar o GPS para que a vigilância acabe.
Prudência é o melhor para proteger seus dados na Internet, revela Alberto (Foto: Teresa Furtado)
Na palestra, Azevedo sugeriu alguns tópicos para que você proteja seus dados, como a utilização de VPN (rede de comunicação privada, preferencialmente criptografada), além de criptografia em suas informações pessoais, plugins para impedir seu rastreamento, e o mais importante, prudência ao revelar informações sobre você.
De acordo com o especialista, as medidas são importantes para preservar dados pessoais e informações sigilosas. Segundo ele, as empresas monitoram os usuários utilizando o login no Gmail, por exemplo, para triangular o sinal do seu dispositivo e descobrir a localização muito aproximada da pessoa. Após a explicação, Azevedo mostrou um vídeo perturbador - obtido através de um processo judicial de usuário contra uma telecom -, que continha o trajeto que o usuário tinha percorrido em dois dias e nos momentos que utilizou o telefone.
O Google foi um dos primeiros a monitorar seus usuários para oferecer uma melhor segmentação de público ao mercado publicitário. Por meio dos cookies dos computadores, são capturadas informações a respeito do usuário, especialmente do comportamento deste. Há certos plugins no mercado que se propõe a impedir essa vigilância porém, ainda não há algum 100% eficiente.
No que diz respeito a redes sociais, a questão do monitoramento é realmente muito mais pesada. Isso acontece, principalmente, por ser o próprio usuário quem fornece as informações, extremamente valiosas para a propaganda.
Como muitos não leem os termos de uso das redes sociais, informações importantes acabam passando despercebidas, como a ocultação de dados pessoais mesmo após a exclusão de um perfil. Já há ferramentas, ainda indisponíveis para usuários comuns, que buscam essas informações. Ou seja, o que você publicou um dia e se arrependeu nunca poderá ser apagado totalmente.