WhatsApp, Facebook e Instagram sofrem pane na tarde de segunda-feira | TI INSIDE Online

WhatsApp, Facebook e Instagram sofrem pane na tarde de segunda-feira | TI INSIDE Online

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Reportagem
Veículo
TI Inside
Data
Oct 4, 2021
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WhatsApp, Facebook e Instagram enfrentaram uma pane global nesta segunda-feira,4, deixando milhões de usuários sem comunicação. A gigante da mídia sociais sofreu uma queda de 4,9% na Nasdaq, acompanhando um quede gral do mercado.
No Twitter, o diretor de tecnologia do Facebook, Mike Schroepfer pediu "Sinceras desculpas a todos os afetados por interrupções nos serviços do Facebook agora".
"Estamos enfrentando problemas de rede e as equipes estão trabalhando o mais rápido possível para depurar e restaurar o mais rápido possível", continua ele, em meio a relatos de que o Facebook enviou uma equipe a um data center da Califórnia em um esforço para redefinir manualmente os servidores.
Um problema de Domain Name Service não apenas aparentemente sujou as tabelas de endereços que informam aos computadores na Internet onde encontrar os serviços do Facebook, mas quase certamente desativou uma maneira de consertar o problema remotamente e até mesmo desativou os crachás de acesso para engenheiros do Facebook que tentavam entrar em prédios.
Ao mesmo tempo o Facebook enfrenta as denúncias desde que a ex-funcionária do Facebook. Frances Haugen, se revelou a fonte da série de denúncias "Arquivos do Facebook" do The Wall Street Journal .
A liderança da empresa conhece maneiras de tornar o Facebook e o Instagram mais seguros e não fará as mudanças necessárias porque colocou seus imensos lucros antes das pessoas. É necessária uma ação do Congresso", ela dirá, de acordo com informações da agência Reuters.
O DNS SUMIU!
"Embora possa parecer uma falha imensa em todos esses serviços e aplicativos, o motivo é provavelmente um serviço DNS que todos eles usam para rotear suas páginas e serviços para nossos dispositivos", afirma Lotem Finkelsteen, head de inteligência de ameaças da Check Point Software Technologies.
Segundo Finkelsteen, o DNS é simplesmente o protocolo da Internet para converter as palavras que usamos, como Facebook.com, em uma linguagem que os computadores conhecem – números ou endereço da Internet. "Eles fazem a conversão e nos encaminham para os serviços e aplicativos que pedimos para usar. Quando esse serviço cai, os serviços parecem que estão fora do ar, mas agora estão acessíveis", informa Lotem Finkelsteen.
Para Alberto Azevedo, CEO da CYB3R, "falhas e indisponibilidades não são algo raro na nossa vida moderna, quase que semanalmente uma ou outra plataforma que utilizamos enfrenta problemas técnicos e fica desde alguns minutos até várias horas fora do ar. Porém no dia de hoje a indisponibilidade do Facebook é especial. A gigante das redes sociais não está somente com indisponibilidade em alguns serviços, servidores ou lentidão.
Segundo o executivo, o BGP é um protocolo de borda, sua função é basicamente construir um sistema autônomo que se entrelaçam a outros sistemas BGPs e provê o "pavimento" para que se construam redes interconectadas como a internet. A indisponibilidade de hoje no Facebook se deu porque, a princípio por acidente, a rede social fez uma série de alterações em seus sistemas BGP que basicamente retiraram seus próprios servidores da internet.
"O BGP pavimenta tudo, é um protocolo que funciona na camada 4 do protocolo TCP, ou seja, ele dá sustentação para tudo que esteja acima disso. Se existe um problema com os roteadores BGP, DNS, HTTPS, FTP e qualquer outro protocolo", explica.
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Para o especialista em Direito do Consumidor, Marco Antonio Araujo Junior, comunicador instantâneo se enquadra como serviço pelo Código de Defesa do Consumidor. A depender da justificativa que a empresa vai dar para a falha técnica ocorrida, usuários poderão demandar em juízo indenização por prejuízos materiais ocorridos em razão da interrupção na prestação de serviços.
Para o advogado especialista em Direito do Consumidor na Era Digital, Marco Antonio Araujo Junior, o serviço prestado pela empresa proprietária do WhatsApp, a Facebook, se enquadra no conceito de serviços do Código de Defesa do Consumidor e, nessa linha, havendo falhas na prestação de serviços, a empresa poderá ser condenada a indenizar os prejuízos causados aos seus usuários, desde que devidamente comprovados.
"Há muito tempo o WhatsApp deixou de ser uma simples ferramenta de comunicação e passou a ser um serviço, com remuneração indireta, colocado no mercado de consumo. Pessoas e empresas que utilizam a plataforma como instrumento de trabalho ficaram impedidas de realizar suas atividades e podem ter tido prejuízos financeiros em razão disso. Se comprovados, o Judiciário pode condenar a empresa em indenizar os usuários", explica Araujo.
Com a pandemia, as empresas passaram a utilizar os canais digitais para a realização de pedidos, vendas e entregas pelo aplicativo de Whatsapp. A pane em escala global causa prejuízos relevante à diversas empresas e usuários do aplicativo.
Além do uso pessoal, que não tem pagamento direto por parte do usuário, mas tem remuneração indireta em razão das publicidades direcionadas realizadas na plataforma do Instagram e do Facebook, a empresa também disponibiliza o WhatsApp Business, com funcionalidades especiais e benefícios para empresas de pequeno e médio porte.
Os usuários que se sentirem prejudicados pela interrupção dos serviços prestados deverão demonstrar os negócios que deixaram de ser realizados, os prejuízos que tiveram em razão da falha na prestação de serviços e comprovar, de forma efetiva, que deixaram de realizar suas atividades profissionais, segundo o especialista.
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As organizações estão enfrentando desafios cada vez mais complexos para lidar com a proteção dos dados, de acordo com a edição deste ano do Índice Global de Proteção de Dados (GDPI), realizado pela Dell Technologies. O levantamento aponta que, no Brasil e no mundo, o aumento de ameaças virtuais, combinado ao uso de novas tecnologias e a disseminação do home office potencializaram a preocupação das organizações em relação ao tema. Além disso, o estudo aponta que outro fator desafiador está relacionado à explosão dos dados corporativos nos últimos cinco anos, que saltaram de 1.45 petabytes, em 2016, para 14.6 petabytes em 2021.
O estudo, realizado em parceria com a consultoria Vanson Bourne, no primeiro semestre de 2021, ouviu 1.000 decisores de TI de empresas com mais de 250 colaboradores de 15 países. No Brasil, o levantamento revela que 76% dos entrevistados admitem que as soluções atuais para proteção de dados existentes nas organizações não serão suficientes para vencer os desafios futuros. Uma preocupação que tem fundamento, considerando que mais de 36% das empresas brasileiras consultadas reportaram perdas de dados nos 12 meses anteriores ao levantamento e 42% passaram por algum tempo de inatividade não planejada do sistema.
Sobre as principais ameaças, 72% dos decisores no Brasil têm preocupação que seus ambientes não estejam suficientemente preparados para lidar com malware e ransoware. E 74% afirmam que a exposição à perda de dados por conta de ameaças cibernéticas aumentou na pandemia, por conta do crescimento do home office.
Outro dado que chama atenção no GPDI 2021 é que mais de três quartos (76%) das empresas no Brasil – e 67% no mundo – não têm confiança de que os dados essenciais ao negócio poderiam ser recuperados no caso de um ataque cibernético.
Vale destacar que, na visão de mais de 60% dos entrevistados, o uso de tecnologias emergentes – como aplicativos nativos na nuvem, contêineres Kubernetes, inteligência artificial e aprendizado de máquina – têm aumentado ainda mais os riscos associados à proteção de dados.
"No cenário atual de transformação digital acelerada dos negócios existe um aumento no volume de dados transacionados pelas empresas de todos os portes e perfis, assim como crescem os riscos, as vulnerabilidades e a complexidade dos ataques cibernéticos. O que torna ainda mais desafiadora a tarefa de proteção dos dados", afirma Wellington Menegasso, diretor de Vendas para Soluções de Proteção de Dados da Dell Technologies Brasil. "Mais do que nunca, as empresas precisam ter uma abordagem holística da cibersegurança e da proteção de dados, utilizando as melhores soluções de hardware e software que as ajudem a identificar, proteger, deter, responder e se recuperar no caso de um ataque cibernético", pontua.
O levantamento aponta também que a estratégia para escolha do fornecedor mais adequado é essencial para reduzir prejuízos associados a ataques e vazamentos de dados. Em média, o custo associado a perda de dados nos 12 meses anteriores ao estudo foi quase quatro vezes mais alto entre as organizações que utilizaram mais de um fornecedor de soluções para proteção de dados, na comparação com aquelas que centralizaram o contrato em apenas um provedor.
Sobre o Índice Global de Proteção de Dados de 2021 da Dell Technologies Em sua 5ª edição, o Índice Global de Proteção de Dados de 2021 é realizado pela consultoria Vanson Bourne a pedido da Dell Technologies. Neste ano, o estudo foi realizado de fevereiro a abril de 2021 e entrevistou 1.000 executivos tomadores de decisão de TI em empresas com mais de 250 funcionários de 14 setores e 15 países de todos os continentes. O levantamento teve como objetivo entender a fundo como as empresas lidam com a proteção de dados.